Aspectos Clínicos
Por Dra. Luiza D. Perini
Médica, Especialista em Gastroenterologia
A maioria dos cistos pancreáticos é detectada incidentalmente quando um exame de imagem (por exemplo ultrassom, tomografia ou ressonância do abdome) é realizado devido outras indicações. Os cistos pancreáticos são caracterizados conforme o tipo e podem ser classificados em:
- Cistos benignos: por exemplo pseudocistos e neoplasias císticas serosas (NCS).
- Cistos com potencial maligno: por exemplo neoplasia cística mucinosa (NCM) e neoplasia mucinosa papilar intraductal (NMPI).
- Cistos malignos: por exemplo adenocarcinomas pancreáticos com degeneração cística e tumores pancreáticos neuroendócrinos.
A categorização precisa desses cistos é muito importante, uma vez que os cistos não neoplásicos (benignos) requerem tratamento apenas se causarem sintomas, ao passo que algumas neoplasias císticas do pâncreas possuem potencial maligno significativo e necessitam de tratamento cirúrgico.
O pseudocisto do pâncreas, é uma coleção de líquido que se difere dos cistos verdadeiros devido sua camada externa. São benignos e ocorrem geralmente em pacientes com história de pancreatite anterior ou trauma abdominal. Muitas vezes regridem espontaneamente sem necessidade de intervenção, a menos que provoquem sintomas.
As neoplasias císticas pancreáticas representam mais de 50 % dos cistos pancreáticos. Existem quatro subtipos principais que são categorizados conforme suas caracteristicas (imagem, histologia), usando a classificação da Organização Mundial da Saúde:
- Neoplasia cística serosa (NCS).
- Neoplasia cística mucinosa (NCM).
- Neoplasia mucinosa papilar intraductal (NMPI).
- Tumor pseudopapilar sólido.
A maioria dos cistos pancreáticos são assintomáticos, ou seja, não provocam sintomas. A presença de sinais e sintomas depende do tamanho, da localização e do tipo de cisto. Em pacientes com cisto sintomático, a dor do abdome superior é o sintoma mais comum. Outros sintomas incluem icterícia (amarelão), perda de peso e perda do apetite. Náuseas e vômitos podem estar presentes, secundários à compressão do estômago pelo cisto, ou obstrução da saída gástrica provocada pela compressão extrínseca do duodeno (início do intestino delgado). Em uma minoria dos pacientes, a apresentação inicial pode ser na forma de pancreatite aguda ou de uma massa palpável (abaulamento ou nódulo) no abdome.
Alguns pacientes, principalmente com neoplasia mucinosa papilar intraductal, podem ter sintomas sugestivos de pancreatite crônica, que resultam da obstrução intermitente do ducto do pâncreas com tampões de muco. As manifestações como esteatorreia (gordura nas fezes) e diabetes podem estar presentes.
Dra. Luiza D. Perini é Médica, Especialista em Gastroenterologia pela Federação Brasileira de Gastroenterologia, Membro da diretoria da Acelbra-SC (Associação Brasileira dos Celíacos de Santa Catarina). Também é membro da Sociedade Brasileira de Motilidade Digestiva e Neurogastroenterologia, membro do Grupo de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal do Brasil (GEDIIB) e International Member of the merican Pancreatic Association (APA).
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