Diagnóstico
Por Dra. Luiza D. Perini
Médica, Especialista em Gastroenterologia
O risco de malignidade de um cisto no pâncreas é muito variável conforme o tipo de cisto. Os procedimentos diagnósticos, portanto, visam avaliar o tipo de cisto, as características e o consequente potencial de malignização desse cisto. Um diagnóstico preciso é indispensável para que a estratégia terapêutica possa ser realizada de forma adequada. Esse diagnóstico deve ser baseado na análise das características clínicas de cada paciente (idade, sintomas), exames de imagem e conforme indicação, análise do líquido do cisto em casos selecionados. Muitas vezes, o diagnóstico preciso do cisto pode ser desafiador e pode não ser possível no início conforme o tamanho do cisto.
Existem tecnologias em evolução, tais como análise molecular (marcadores moleculares, testes genéticos) que podem ser mais precisas na determinação do potencial maligno dos cistos pancreáticos do que os métodos de diagnóstico atuais. Porém, nem todas as técnicas disponíveis estão rotineiramente incluídas na prática clínica por enquanto.
A primeira etapa na avaliação de um cisto é obter um exame de imagem, de preferência uma ressonância magnética com colangiopancreatografia por ressonância magnética para avaliar melhor o cisto. Essa avaliação é muito importante para determinar se há características presentes que podem identificar o tipo específico de cisto e determinar se há qualquer achado que aumente o risco de malignidade. A tomografia pode ser uma opção se a ressonância magnética não estiver disponível ou estiver contraindicada.
Em alguns casos, a ressecção (cirurgia) será indicada com base nos achados de imagem apenas ou porque o cisto está causando complicações (por exemplo, pancreatite), então nesses casos, uma avaliação adicional não é necessária.
Para pacientes que não têm uma indicação de ressecção baseada apenas em imagem, pode ser necessário uma avaliação adicional com ultrassom endoscópico (ecoendoscopia) e aspiração do cisto por agulha fina (biópsia).
A ecoendoscopia é um procedimento diagnóstico que permite a realização de um ultrassom através da endoscopia, permitindo melhor avaliação das estruturas e órgão localizados próximo ao estômago, por exemplo o pâncreas. Através da ecoendoscopia é possivel também a realização de uma biópsia através da aspiração por agulha fina (AAF) que permite a análise do líquido do cisto. Através da análise do líquido, é possível melhor avaliação do tipo especifico do cisto.
Dra. Luiza D. Perini é Médica, Especialista em Gastroenterologia pela Federação Brasileira de Gastroenterologia, Membro da diretoria da Acelbra-SC (Associação Brasileira dos Celíacos de Santa Catarina). Também é membro da Sociedade Brasileira de Motilidade Digestiva e Neurogastroenterologia, membro do Grupo de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal do Brasil (GEDIIB) e International Member of the merican Pancreatic Association (APA).
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