Estratégia diagnóstica
Por Dr. Juliano C. Ludvig
Médico, Especialista em Gastroenterologia
O diagnóstico é confirmado por uma combinação de avaliação clínica e resultados de exames, principalmente:
- História médica: Discussão sobre os sintomas, duração, e a presença de qualquer fator de risco associado, como uso de medicamentos específicos (AINEs, IBPs, etc.).
- Exame físico: Focado principalmente na avaliação abdominal para verificar distensões, dor ou outros sinais de doenças intestinais.
Exames Laboratoriais
Os exames laboratoriais são usados para ajudar a descartar outras causas de sintomas semelhantes e incluem:
- Testes de fezes: Para excluir causas infecciosas de diarreia, como bactérias, vírus, e parasitas. Também pode incluir testes para verificar a presença de sangue oculto.
- Exames de sangue: Para verificar sinais de inflamação (como a elevação da proteína C reativa ou velocidade de sedimentação de eritrócitos), anemia, ou deficiências nutricionais.
- Procedimentos Endoscópicos.
- A colonoscopia é essencial para o diagnóstico das colites microscópicas. Permite ao médico examinar diretamente o revestimento interno do cólon. Embora o cólon possa parecer normal visualmente nos pacientes com colite microscópica, a colonoscopia é necessária para coletar biópsias.
- Biópsias do cólon: São fundamentais para o diagnóstico definitivo. As amostras são examinadas por um patologista para identificar alterações específicas associadas à colite microscópica.
Análise Histológica
As características histológicas observadas nas biópsias são cruciais para distinguir entre colite colagenosa e colite linfocítica:
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Colite Colagenosa: Caracteriza-se pela presença de uma camada espessa de colágeno abaixo do epitélio da mucosa do cólon. Esta camada de colágeno pode ter mais de 10 micrômetros de espessura e pode causar atrofia do epitélio.
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Colite Linfocítica: É identificada pelo aumento significativo de linfócitos intraepiteliais, com mais de 20 linfócitos por 100 células epiteliais. Não há formação significativa de colágeno como na colite colagenosa.
Após o diagnóstico, é importante considerar a possibilidade de associação com outras doenças autoimunes, e apropriado acompanhamento e gestão dessas condições podem ser necessários.
Dr. Juliano C. Ludvig é Médico, Especialista em Endoscopia Digestiva pela Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva – SOBED e Especialista em Gastroenterologia Clínica pela Federação Brasileira de Gastroenterologia – FBG. É Coordenador Regional da ABCD - Associação Brasileira de Colite e Doença de Crohn. É Membro Titular do GEDIIB - Grupo de Estudos das Doenças Inflamatórias Intestinais no Brasil. É Chefe do Setor de Gastroenterologia do Hospital Santa Isabel e Presidente do Centro de Estudos do mesmo hospital. Tem Residência Médica em Clínica Médica no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo e Residência Médica em Gastroenterologia no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo. Também é International Member of the American College of Gastroenterology e International Member Of the ECCO - European Crohn’s and Colitis Organization.
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