Aspectos Clínicos
Por Dr. Juliano C. Ludvig e Dra. Luiza D. Perini
Médicos, Especialistas em Gastroenterologia
O mecanismo básico da doença é uma resposta inflamatória nas paredes do esôfago a algum gatilho alimentar, ou seja, quando algum produto considerado alérgico toca nas paredes do órgão, gera uma reação local que se manifesta por inchaço local (edema), espessamento e em casos mais intensos comprometimento das camadas musculares. Essa resposta se manifesta de diferentes maneiras em diferentes idades.
Em adolescentes e adultos podem aparecer sintomas como dificuldade na descida do alimento ao engolir (impactação), dor ao engolir, podendo se assemelhar a outros quadros (por exemplo: refluxo). Já na população infantil, problemas alimentares crônicos, atraso no crescimento, vômito, azia, náuseas e desconforto abdominais são frequentemente relatados. Nesse estudo abaixo, observa-se a proporção de cada sintoma e freqüência em adultos (azul) e crianças (rosa).
Devido a seu mecanismo alérgico, a tendência da inflamação é permanecer ativa enquanto há estímulo, caracterizando o conceito de cronicidade. Entretanto, o dano na parede do órgão pode ser progressivo. A camada superficial da parede esofágica é inundada por um tipo específico de célula de defesa chamada EOSINÓFILOS (especializada em resposta alérgica), que normalmente são encontrados em número reduzidos. Isso provoca edema (inchaço) e espessamento superficial da parede. Entretanto, é nas camadas mais profundas que ocorre os maiores danos, com formação de tecido fibroso acarretando um endurecimento e diminuição do diâmetro do orgão. O resultado é um comprometimento na capacidade de transportar o alimento em direção ao estômago (disfagia/impactação) e aspecto específico da superfície esofágica visto em exame de endoscopia.
Dra. Luiza D. Perini é Médica, Especialista em Gastroenterologia pela Federação Brasileira de Gastroenterologia, Membro da diretoria da Acelbra-SC (Associação Brasileira dos Celíacos de Santa Catarina). Também é membro da Sociedade Brasileira de Motilidade Digestiva e Neurogastroenterologia, membro do Grupo de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal do Brasil (GEDIIB) e International Member of the merican Pancreatic Association (APA).
Dr. Juliano C. Ludvig é Médico, Especialista em Endoscopia Digestiva pela Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva – SOBED e Especialista em Gastroenterologia Clínica pela Federação Brasileira de Gastroenterologia – FBG. É Coordenador Regional da ABCD - Associação Brasileira de Colite e Doença de Crohn. É Membro Titular do GEDIIB - Grupo de Estudos das Doenças Inflamatórias Intestinais no Brasil. É Chefe do Setor de Gastroenterologia do Hospital Santa Isabel e Presidente do Centro de Estudos do mesmo hospital. Tem Residência Médica em Clínica Médica no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo e Residência Médica em Gastroenterologia no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo. Também é International Member of the American College of Gastroenterology e International Member Of the ECCO - European Crohn’s and Colitis Organization.
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