Retocolite Ulcerativa

Por Dr. Juliano C. Ludvig
Médico, Especialista em Gastroenterologia

Uma das maiores angústias dos portadores de Retocolite Ulcerativa  é em relação à gravidez. Seja por causa da doença, riscos, preocupações com o feto, seja por causa das medicações. A boa notícia é que há já muitos dados e estudos confiáveis que responderam a maiorias dessas dúvidas.

O que os estudos mostraram de importante são alguns fatores. Primeiro, o risco maior para o bebê é a doença em atividade. Análises confirmam uma maior chance de parto prematuro ou nascimento de bebês com baixo peso de mães portadoras de Retocolite Ulcerativa em atividade. Não há aumento de risco, comparado com a população em geral, de má formações no feto pela doença. Portanto, deve-se tentar engravidar somente quando a doença está em remissão (controlada). E isso leva a segunda informação, que recomenda-se tratar a doença mesmo grávida, selecionando as medicações. Esta orientação considera que os medicamentos atuais (principalmente os biológicos) são seguros durante a gestação e a amamentação, sem comprovado risco de má formações em bebês.

Outras medicações como o Metotrexate/ Ciprofloxacin e Metronidazol (antibióticos) já são contraindicados. Vários estudos / protocolos realizados em diferentes países tem confirmados esses dados. O que se entende é que há espaço para parar a medicação em alguns casos, quando totalmente controlados, principalmente no terceiro trimestre. Mas essa decisão deve ser levada em consideração com sem médico, o obstetra, o pediatra, considerando riscos e benefícios.

Dr. Juliano C. Ludvig é Médico, Especialista em Endoscopia Digestiva pela Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva – SOBED e Especialista em Gastroenterologia Clínica pela Federação Brasileira de Gastroenterologia – FBG. É Coordenador Regional da ABCD - Associação Brasileira de Colite e Doença de Crohn. É Membro Titular do GEDIIB - Grupo de Estudos das Doenças Inflamatórias Intestinais no Brasil. É Chefe do Setor de Gastroenterologia do Hospital Santa Isabel e Presidente do Centro de Estudos do mesmo hospital. Tem Residência Médica em Clínica Médica no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo e Residência Médica em Gastroenterologia no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo. Também é International Member of the American College of Gastroenterology e International Member Of the ECCO - European Crohn’s and Colitis Organization.