História
Por Dr. Juliano C. Ludvig e Dra. Luiza D. Perini
Médicos, Especialistas em Gastroenterologia
No início do século 20, o químico britânico George Porter Phillips, enquanto percorria as enfermarias do Bethlem Royal Hospital, em Londres, observava que os pacientes com melancolia (tristeza profunda) frequentemente sofriam de constipação intestinal severa. Inicialmente, poderia-se pensar que esse problema fosse causado pela depressão, mas Phillips se perguntou se seria possível aliviar a depressão tratando o intestino. Para provar essa hipótese, ele forneceu aos pacientes uma dieta de baixo teor calórico, sem carnes e lhes ofereceu uma bebida láctea fermentada conhecida como kefir, que contém lactobacillus, que na época já era conhecido por facilitar a digestão. Surpreendentemente dos 18 pacientes testados por Phillips, 11 apresentaram melhora. Foi um indício de que as bactérias intestinais podem ter uma profunda influência sobre o bem-estar mental.
George Porter Phillips
Durante muitos anos as doenças funcionais não possuíam um padrão de linguagem no meio científico ficando sem um critério universal utilizado para o seu diagnóstico. Com isso existia uma lacuna que necessitava ser devidamente preenchida. Foi assim que, a chamada Rome Foundation, que reúne cientistas e médicos de todo o mundo até hoje, elaborou em 1994 os critérios de Roma I. Esses critérios permitiram definir e classificar as doenças funcionais. Dessa forma, há pouco mais de 20 anos, os distúrbios funcionais do trato gastrointestinal começaram a ser reconhecidos como doenças clínicas reais e pode-se dizer que a partir daí foi concedido aos pacientes a legitimidade de um diagnóstico.
Os critérios de Roma sofreram modificações aos longo dos anos (Roma I - 1994, Roma II - 2000, Roma III - 2006), e em 2016, após cinco anos de trabalho de 120 pesquisadores, foi publicada a última versão, o Roma IV, utilizado atualmente no diagnóstico das doenças funcionais.
Dra. Luiza D. Perini é Médica, Especialista em Gastroenterologia pela Federação Brasileira de Gastroenterologia, Membro da diretoria da Acelbra-SC (Associação Brasileira dos Celíacos de Santa Catarina). Também é membro da Sociedade Brasileira de Motilidade Digestiva e Neurogastroenterologia, membro do Grupo de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal do Brasil (GEDIIB) e International Member of the merican Pancreatic Association (APA).
Dr. Juliano C. Ludvig é Médico, Especialista em Endoscopia Digestiva pela Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva – SOBED e Especialista em Gastroenterologia Clínica pela Federação Brasileira de Gastroenterologia – FBG. É Coordenador Regional da ABCD - Associação Brasileira de Colite e Doença de Crohn. É Membro Titular do GEDIIB - Grupo de Estudos das Doenças Inflamatórias Intestinais no Brasil. É Chefe do Setor de Gastroenterologia do Hospital Santa Isabel e Presidente do Centro de Estudos do mesmo hospital. Tem Residência Médica em Clínica Médica no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo e Residência Médica em Gastroenterologia no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo. Também é International Member of the American College of Gastroenterology e International Member Of the ECCO - European Crohn’s and Colitis Organization.
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